domingo, 27 de maio de 2012

Processo de Execução:

A) Introdução do Trado
Consiste em introduzir no terreno, por rotação, uma haste tubular dotada de uma hélice contínua, até se atingir a cota prevista e/ou se obterem os parâmetros de resistência do solo, para a carga prevista na estaca.
Para evitar que durante a introdução do trado haja entrada de solo ou água no interior da mesma, existe, em sua extremidade inferior, uma tampa metálica provisória, que é expulsa no início da fase de concretagem.
A metodologia de perfuração permite a sua execução em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático e atravessa camadas de solo mais resistentes que as tradicionais estacas cravadas.
Em virtude do processo contínuo de perfuração e concretagem, obtem-se altas produtividades ( 3 a 5 vezes maior que as estacas cravadas ).
B) Concretagem
Atingida a profundidade desejada, determinada em projeto pelo consultor de fundações, inicia-se a concretagem, injetando-se concreto por bombeamento e pelo interior da haste tubular do trado, simultaneamente com a sua retirada, sem a rotação da haste.
Sob a pressão do concreto bombeado, a tampa provisória é expulsa e a cavidade deixada pela hélice é preenchida pelo concreto, conforme o trado é retirado do solo. O concreto normalmente utilizado apresenta as seguintes características :
Cimento: 400 kgf/m3; areia, brita 0, ou pedrisco; slump test : 22 ± 2 cm; resistência característica do concreto : fck = 20 MPa; emprego de aditivo, porém sem super-plastificante; o tempo de início de pega do concreto deve ser superior a 8 horas.
O preenchimento da estaca com concreto é normalmente executado até a superfície do terreno.
As operações de perfuração e concretagem ocorrem de maneira contínua de forma que as paredes da cava onde se formará a estaca estão sempre suportadas; acima da ponta do trado, pela terra que se encontra entre as pás da hélice, e abaixo da ponta do trado, pelo concreto que está sendo bombeado, sempre com pressão positiva, para evitar descontinuidade do fuste.
A medida que o trado vai sendo retirado, remove-se o solo confinado entre as pás da hélice possibilitando-se a colocação da armadura.
C) Colocação da armadura da estaca
O método executivo da estaca hélice exige que a colocação da armadura seja feita após o término da concretagem do fuste da estaca. A armadura, em forma de gaiola enrijecida, é introduzida na estaca por gravidade sendo empurrada pelos operários ou com auxílio de equipamento mecânico. Embora a NBR 6122 dispense armadura em estacas comprimidas , no caso da estaca hélice, deve-se sempre dotá-la de uma armadura mínima, em geral variando de 4,00 a 6,00 metros.
Esta armadura visa proporcionar uma perfeita ligação entre a estaca e o bloco de coroamento. Outra função é a de garantir a sua integridade estrutural, uma vez que os blocos geralmente são feitos por escavadeiras, que podem bater nas estacas durante a sua execução.
Para as estacas submetidas à esforços transversais, o comprimento da armadura deve abranger o trecho onde incidem estes esforços. Para armaduras longas, as mesmas devem ser convenientemente enrijecidas dotando-as de barras grossas e espirais helicoidais devidamente amarrada e soldada nas barras longitudinais.
Toda a execução de uma estaca Hélice é monitorada eletronicamente. Este monitoramento é realizado através de um computador instalado na cabine de comando e, ligado a sensores que o alimentam continuamente com informações sobre os processos. Sendo assim, são monitorados os seguintes itens:
Profundidade de perfuração; inclinação da torre; velocidade de rotação do trado; torque; pressão do concreto; volume de concreto; velocidade de extração do trado

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